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114. O 1% Restante

Mais que 1%, na verdade...

114.1 Usando tar & gzip

No Unix há alguns programas amplamente usados para arquivar e compactar arquivos. tar é usado para fazer "pacotes" ---é como PKZIP mas ele não compacta, apenas empacota. Para fazer um novo pacote:

$ tar -cvf <nome_do_pacote.tar> <file> [file...]

Para extrair arquivos de um pacote:

$ tar -xpvf <nome_do_pacote.tar> [file...]

Para listar o conteúdo de um pacote:

$ tar -tf <nome_do_pacote.tar> | less

Você pode compactar arquivos usando compress, que é obsoleto e não deve ser mais usado, ou gzip:

$ compress <file>
$ gzip <file>

que cria um arquivo compactado com extensão (compress) ou .gz (gzip). Esses programas compactam apenas um arquivo de cada vez. Para descompactar, use:

$ compress -d <file.Z>
$ gzip -d <file.gz>

LPM.

Também há os utilitários unarj, zip e unzip (compatível com PK??ZIP). Arquivos com extensão .tar.gz ou .tgz (empacotado com tar, depois compactados com gzip) são tão comuns no mundo Unix como arquivos .ZIP no DOS. Aqui está como listar o conteúdo de um archive .tar.gz:

$ tar -ztf <arquivo.tar.gz> | less

114.2 Instalando Aplicativos

Primeiro: instalar pacotes é trabalho do superusuário. A maioria dos aplicativos do Linux são distribuídos como um arquivo .tar.gz, que normalmente contém um diretório chamado /nomedopacote/ contendo arquivos e/ou subdiretórios. Uma boa regra é instalar esses pacotes a partir do diretório /usr/local com o comando

# tar -zxf <archive.tar.gz>

e depois ler o arquivo README ou INSTALL. Em muitos casos, o pacote é distribuído em fonte, que você terá que compilar para criar os binários; freqüentemente, bastará digitar make e depois make install. Obviamente, você precisará do compilador gcc ou g++.

Outros pacotes devem ser descompactados a partir de /; é o caso dos arquivos .tgz do Slackware. Outros arquivos contêm os arquivos, mas não um subdiretório. Sempre liste o conteúdo do pacote antes de instalar.

As distribuições Debian e Red Hat têm seu próprio formato de pacotes; respectivamente, .deb e .rpm. Este está ganhando ampla aceitação; para instalar um pacote .rpm, digite

# rpm -i pacote.rpm

114.3 Dicas Indispensáveis

Completamento de comando: pressionar <TAB> quando da emissão de um comando completará a linha para você. Exemplo: se você quer executar gcc este_e_um_nome_longo.c;, basta digitar gcc est<TAB> (se você tiver outros arquivos que comecem com os mesmos caracteres, forneça caracteres suficientes para resolver qualquer ambiguidade).

Rolagem de tela: pressionar <SHIFT + PAG UP> (a tecla cinza) lhe permite rolar a tela algumas páginas para trás, dependendo de quanta memória de vídeo você tiver.

Inicializando a tela: se acontecer de você executar more ou cat em um arquivo binário, sua tela pode ficar cheia de lixo. Para consertar, digite reset, ou esta seqüência de caracteres: echo CTRL-V ESC c RETURN.

Colando texto: no console, veja abaixo; no X, clique e arraste para selecionar o texto um janela xterm, e depois clique o botão do meio (ou os dois botões juntos se você tiver um mouse de 2 botões) para colar. Há também o xclipboard (aliás, somente para texto); não se confunda pela demora da resposta.

Usando o mouse: se você instalou o gpm, um driver de mouse para o console, você pode clicar e arrastar para selecionar texto, e depois clicar para colar o texto selecionado. Funciona de um CV ("console virtual") para outro.

Mensagens do kernel: dê uma olhada em /var/adm/messages ou /var/log/messages como superusuário para ver o que o kernel tem a lhe dizer, incluindo mensagens de inicialização. O comando dmesg também é útil.

114.4 Onde Encontrar Aplicativos

Se você está pensando se existem aplicativos para substituir os seus antigos do DOS/Win, eu sugiro que você consulte os principais repositórios de software para Linux: ftp://sunsite.unc.edu/pub/Linux , ftp://tsx-11.mit.edu/pub/linux , e ftp://ftp.funet.fi/pub/Linux . Outro excelente lugar é a "Linux Applications and Utilities Page" em http://www.xnet.com/~blatura/linapps.shtml .

114.5 Algumas Coisas que Você não Conseguia Fazer

O Linux pode fazer um monte de coisas que eram chatas, difíceis ou impossíveis de se fazer no DOS/Win. Aqui está uma pequena lista que pode aguçar seu apetite:

  • at permite rodar programas em uma hora determinada;
  • awk é uma linguagem, simples mas poderosa, para manipular arquivos de dados (e mais). Por exemplo, sendo data.dat seu arquivo de dados multi-campos,
    $ awk '$2 ~ "abc" {print $1, "\t", $4}' data.dat
    
    imprime os campos 1 e 4 de cada linha de data.dat cujo segundo campo contenha "abc".
  • cron é útil para fazer tarefas periodicamente, em determinadas datas e horas. Digite man 5 crontab.
  • file <arquivo> diz o que é o arquivo (texto ASCII, executável, pacote, etc.);
  • find (veja também a Seção Diretórios: Traduzindo Comandos) é um dos comandos mais poderosos e mais úteis. É usado para encontrar arquivos que correspondam a várias características dadas, e para desempenhar ações sobre esses arquivos. O uso geral de find é:
    $ find <diretório> <expressão>
    
    onde <expressão> inclui critérios de busca e ações. Exemplos:
    $ find . -type l -exec ls -l {} \;
    
    encontra todos os arquivos que sejam ligações simbólicas e mostra para o que cada um aponta.
    $ find / -name "*.old" -ok rm {} \;
    
    encontra todos os arquivos que correspondam ao padrão e os apaga, pedindo sua confirmação antes.
    $ find . -perm +111
    
    encontra todos os arquivos cujas permissões correspondam a 111 (executável).
    $ find . -user root
    
    encontra todos os arquivos que pertençam ao superusuário. Há várias possibilidades aqui---LPM.
  • grep encontra padrões de texto em arquivos. Por exemplo,
    $ grep -l "geologia" *.tex
    
    lista os arquivos *.tex que contenham a palavra "geologia". A variante zgrep funciona em arquivos gzipados. LPM;
  • expressões regulares são uma maneira complexa mas muito poderosa de fazer busca em texto. Por exemplo, ^a[^a-m]X{4,}txt$ corresponde a uma linha que começa com `a', seguida por qualquer caractere exceto os que estão no intervalo a-m, seguido por 4 ou mais `X', e termina com `txt'. Expressões regulares são usadas em editores avançados, less, e muitos outros programas. Digite man grep para uma introdução.
  • script <arquivo_script> copia o conteúdo da tela em arquivo_script até que você digite o comando exit. Útil para depuração;
  • sudo permite que os usuários façam algumas das tarefas do superusuário (p.ex., formatar e montar discos; LPM);
  • uname -a dá informações sobre o seu sistema;
  • Os seguintes comandos freqüentemente são úteis: bc, cal, chsh, cmp, cut, fmt, head, hexdump, nl, passwd, printf, sort, split, strings, tac, tail, tee, touch, uniq, w, wall, wc, whereis, write, xargs, znew. LPM.

114.6 Extensões Comuns e Programas Relacionados

Você pode se deparar com várias extensões de arquivos. Excluindo as mais exóticas (i.e. fontes, etc.), aqui está uma lista de quem é o que:

  • 1 ... 8: man pages. No caso improvável de você ainda não ter, pegue o man.
  • arj: pacote feito com o arj.
  • dvi: arquivo de saída produzido pelo TeX (veja abaixo). xdvi para visualizá-lo; dvips para transformá-lo em arquivo PostScript .ps.
  • gz: pacote feito com gzip.
  • info: arquivo info (tipo de alternativa às páginas de manual). Pegue o info.
  • lsm: arquivo do Linux Software Map. É um arquivo ASCII contendo a descrição de um pacote.
  • ps: arquivo PostScript. Para visualizá-lo ou imprimi-lo pegue gs e, opcionalmente, ghostview ou gv.
  • rpm: pacote Red Hat. Você pode instalá-lo em qualquer sistema usando o gerenciador de pacotes rpm.
  • taz, tar.Z: pacote feito com o tar e compactado com compress.
  • tgz, tar.gz: pacote feito com o tar e compactado com gzip.
  • tex: arquivo texto a ser submetido ao TeX, um poderoso sistema de composição. Pegue o pacote tex, disponível em várias distribuições; mas cuidado com o NTeX, que tem fontes corrompidas e é incluído em algumas versões do Slackware.
  • texi: arquivo texinfo, que pode produzir tanto arquivos TeX como info (qv. info). Pegue o texinfo.
  • xbm, xpm, xwd: arquivo gráfico. Pegue o xpaint.
  • Z: pacote feito com compress.

114.7 Convertendo Arquivos

Se você precisar intercambiar arquivos texto entre DOS/Win e Linux, cuidado com o problema do "fim de linha". No DOS, cada linha termina com CR/LF ("carriage return" e "line feed"), enquanto no Linux termina com LF. Se você tentar editar um arquivo texto do DOS no Linux, cada linha provavelmente terminará com um estranho caractere `M'; um texto do Linux sob o DOS aparecerá como uma única e quilométrica linha, sem parágrafos. Há um par de ferramentas, dos2unix e unix2dos, para converter os arquivos. [NT: Há também o todos, e o utilitário tr]

Se seus arquivos contiverem caracteres acentuados, assegure-se de que eles tenham sido feitos no Windows (com o Write ou Notepad, digamos) e não sob o DOS; caso contrário, todos os caracteres acentuados ficarão bagunçados.

Para converter arquivos Word ou WordPerfect para texto puro, a solução é um pouco mais difícil, mas possível. Você precisará de uma das ferramentas que podem ser encontradas nos sites CTAN; uma delas é ftp://ftp.tex.ac.uk . Pegue o pacote word2x do diretório /pub/tex/tools/', ou tente um dos pacotes disponíveis no diretório /pub/tex/support/. Eu só experimentei word2x, e funciona muito bem.


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